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Segunda edição do Talk show foi ótima

Por ABES DF | 15 de abril de 2025



Foto: Renata Rodrigues
Foto: Renata Rodrigues

Apesar da forte chuva, foi um sucesso o talkshow realizado pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária (ABES/DF), Associação Brasileira das Empresas Estaduais de Saneamento (AESBE), Clube de Engenharia de Brasília (CENB) e o Instituto de Gestão e Assessoramento em Saneamento, Saúde e Infraestrutura (IGAS).


Com a participação de Henrique Vasquez, doutor em Engenharia de Produção gerente da FINEP e de Cristina Brandão, professora da UNB com doutorado em Engenharia Ambiental, que atua no Programa de Pós-Graduação em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos da UnB, foram discutidos com profundidade os Desafios e Oportunidades de Programas de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação voltados ao Setor de Saneamento.



Demandas menores


Henrique informou que o saneamento é uma das seis prioridades do Conselho Nacional da Indústria, mas que recebeu menos recursos da FINEP do que outras áreas. Ele disse que dos R$2,2 bi disponibilizados pela FINEP para financiamento de projetos no ano passado, foram aprovados 45 projetos do setor de saneamento. Estes projetos receberam, no total, R$ 80milhões, que representam 4% do total. “As demandas do setor são menores do que as de outros”, resumiu Vasquez. Ele avalia que há uma percepção de que o saneamento é menos importante do que outras áreas, mas destacou que há bons projetos de empresas de pequeno porte utilizando Inteligência artificial para minimizar perdas de água.

O gerente da FINEP considera o setor mais reativo do que propositivo em termos de inovação. Henrique afirmou que os investimentos públicos e privados em saneamento ainda estão muito abaixo da média mundial e cobrou mais protagonismo das empresas de saneamento em inovação. “A dinâmica do setor é definida pelos fornecedores”.


Papel das universidades


A professora Cristina Brandão abordou o papel das universidades no desenvolvimento científico e tecnológico e inovação, informando que 90% da produção de conhecimento e produção científica são feitos por instituições públicas, segundo a ex-ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação.


Cristina afirmou que “o desafio é a transferência desse conhecimento e tecnologia para se tornarem produtos efetivamente implantados”. Ela citou o Prosab como uma das iniciativas de maior sucesso no país, que contribuiu para a formação e profissionais de alto nível.


A professora da Unb defendeu ainda a união de todos os atores na definição de prioridades para melhorar o aproveitamento dos recursos: “resgatar a ideia do coletivo”, disse. “Somente os recursos de PDI não são suficientes, pois são pequenos”. Por fim, a professora comentou a fala de Henrique Vasquez sobre a influência dos fornecedores na inovação. “Eles querem ajuda para vender seus produtos e não para o desenvolvimento de processo novo”, arrematou.


O mediador do debate, Fuad Moura, presidente da ABES/DF, finalizou o evento elogiando os palestrantes e convidando a todos a participar do 33º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental, que acontecerá em Brasília de 25 a 28 de maio deste ano, onde haverá mais de 50 painéis e centenas de trabalhos técnicos discutindo a inovação e outras questões cruciais para o Brasil vencer o desafio de levar o saneamento a quem não tem. E informou que a próxima edição do talkshow ocorrerá no dia 12 de maio no mesmo horário e local, com entrada franca.

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