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Thaís Salvador Argenta

JPS de Brasília quer marcar presença no lançamento do 33º CBESA


A engenheira sanitarista e Ambiental cearense Thais Salvador Argenta está fazendo doutorado na UnB e, simultaneamente, está atuando para reforçar o JPS da ABES/DF, do qual é a coordenadora. A ideia é ter uma atuação importante do grupo no evento de lançamento do 33º CBESA.


  • Thais, fale sobre sua trajetória acadêmica


Sou de Fortaleza, me formei em Engenharia Sanitária e Ambiental no Instituto Federal do Ceará, depois fiz Mestrado na UFCE na área de saneamento ambiental.


Em 2020, vim para Brasília para fazer o doutorado na UnB, no Programa de Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos, minha área é tratamento de esgoto. O curso deu uma atrasada por conta da pandemia, voltou agora o presencial. Já fiz as disciplinas e estou começando a parte de experimento da pesquisa em laboratório, mas passamos muito tempo parados, foi preciso fazer ajustes nos equipamentos, teve a parte burocrática, mas espero que em janeiro eu vá conseguir começar meus experimentos sobre tratamento de esgoto sanitário com tecnologia de lodo granular aeróbio. É uma tecnologia que já está sendo estudada, mas tem coisas para melhorar. Quero investigar justamente como corrigir as falhas, ter uma estratégia de como fazer e melhorar a eficiência desse tratamento.


  • E você está gostando de Brasília?


Minha irmã veio fazer mestrado em 2017, vim visitar algumas vezes e já gostei desde a primeira vez. Gosto da cidade planejada, bem arborizada, Fortaleza tem muito asfalto, muito prédio e poucas árvores. Me agrada a questão da segurança também. Pelo menos no Plano Piloto a gente se sente mais seguro do que em outras cidades. Gosto da sensação de segurança e de liberdade que a gente sente aqui, de andar na rua e não se preocupar tanto, sair de noite, poder deixar o carro na rua e não acontecer nada. É claro que temos que ficar atentos, mas não é aquela coisa de não poder sair de casa com celular, com relógio, como em Fortaleza, onde a gente sai para fazer uma caminhada e precisa deixar tudo de valor em casa. Fortaleza está bem violenta, qualquer descuido e você pode ser assaltado.


  • Como você conheceu a Abes?


Foi através da professora Cristina Célia, que é associada à Abes. Ela me convidou, me associei e comecei a participar das reuniões, a ter contato com a diretoria e conhecer melhor a Associação. Já tinha sido associada à Abes Ceará, mas nunca tive participação ativa, só participava de eventos, mas nada diretamente.


  • E como você se tornou coordenadora do Jovens Profissionais do Saneamento?


Na aula de apresentação do curso na UnB, a Liane Costa, que estava fazendo mestrado, falou do JPS, que até então eu não conhecia. Ela era a coordenadora, ela estava tentando criar o grupo, mas não poderia mais porque o JPS é para profissionais até 35 anos e iria completar 36. Ela nos convidou para uma reunião, foi a última presencial, antes pandemia, em março de 2020. Fui procurar mais informações sobre o JPS, li um resumo no site da Abes e fui para a reunião. Lá conheci o Sérgio, o Silvano, o João Marcos e mais algumas pessoas e comecei a participar mais ativamente, como era a mais jovem, assumi o lugar de coordenadora. O objetivo é atrair mais jovens, mas veio a pandemia e tudo parou. Só agora deu para trazer pessoas, montamos um grupo no WhatsApp, somos umas 20 pessoas tentando melhorar a visibilidade da Abes e da nossa profissão. Boa parte é da UnB, mas tem alguns que já se formaram e estão parados, outros já trabalhando na área. Também divulguei o convite na Associação dos Engenheiros Ambientais e Sanitaristas do Distrito Federal (AEAS-DF), alguns se interessaram e entraram.


  • E como está a discussão no grupo?


Fizemos reunião no começo de novembro com o coordenador do JPS da Abes Nacional, o Witan. Ele explicou melhor o que é, o que faz o JPS. Nossa ideia é fazer reuniões a cada mês ou dois meses, dependendo da disponibilidade do grupo. O ponto principal é a festa de lançamento do CBESA em BH e depois, em 2025 aqui em Brasília. Queremos ter uma participação maior, o pessoal do JPS sempre propõe brincadeiras e jogos sobre saneamento, ainda vamos pensar o que vamos fazer.


  • Você acha que o grupo do JPS de Brasília vai crescer?


Sim, podemos conseguir engajar mais, apesar de haver certa resistência das pessoas em participar e assumir compromissos por ser trabalho voluntário, sem remuneração. Mas a maioria das pessoas no grupo sabe que seria assim e entende que esse trabalho pode abrir o leque para termos mais jovens na Abes e para dar mais visibilidade à profissão. Por isso, o grupo pode crescer, ter formato maior com o tempo.


  • E o que você está achando da Abes?


Desde a primeira reunião eu gostei muito de todo mundo, são muito receptivos, ainda mais porque eu tinha acabado de chegar. Gosto do trabalho da Abes, não sei como é em outros estados, mas aqui temos presença muito boa no meio público, nos conselhos, é bem legal ter cadeira em várias frentes do saneamento. Também acho que a Abes/DF é bem ativa com as questões do nosso interesse. No posicionamento político, pensamos muito parecido, compartilho da luta para conquistar o serviço público de saneamento para todos e não apenas para alguns.


  • Você esteve na reunião no Palácio Buritis, no evento de lançamento do CBESA de Brasília. O que você achou?


Estou achando que o lançamento vai ser bom, vamos conseguir fazer uma festa boa. A participação no evento no Palácio do Governo não foi grande em número, mas havia representantes de vários setores diferentes e a impressão que eu tive foi de que o pessoal gostou e demonstrou compromisso em ajudar, para fazer com que a festa e o congresso sejam um sucesso.


Thaís Salvador Argenta
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