Adauto Santos
Precisamos ampliar o número de associados
O engenheiro civil Adauto Santos, membro do Conselho Fiscal da atual diretoria da ABES/DF, trabalha há 32 anos no setor de saneamento, como consultor. Adauto é goiano, formado na UNB e mora em Brasília há “quarenta e tantos anos, sou praticamente nativo”, como ele diz.
Qual sua relação com a ABES, quais as expectativas?
Fui filiado lá atrás, saí e voltei há uns 4 anos, a convite do Sérgio Gonçalves, a quem conheço desde 2003, 2004. Nós já fizemos muitos trabalhos juntos, ele no Ministério das Cidades. Em função da proposta, do compromisso e da equipe, eu resolvi ajudar, na primeira gestão sem cargo e, na segunda, compondo o conselho fiscal.
Acho fundamental a ABES tentar ampliar o número de associados para ganhar mais representatividade. Não estou falando que o número atual de associados não seja qualificado, porque é muito, tanto que a ABES está representada em diversas instâncias importantes da sociedade civil, como o Crea, o Consab, o Conam e várias outras. E tem ainda dois representantes na ABES Nacional, o que demonstra o engajamento do grupo que está à frente da Associação, fazendo um trabalho muito importante.
Como podemos promover essa ampliação?
Acho que devemos fazer uma campanha junto aos profissionais do setor para ampliar o número de associados. Temos, por exemplo, pouquíssimos filiados na Caesb e devemos atrair não só funcionários, mas também ex-funcionários. Não é fácil porque, infelizmente estamos vivendo em um mundo onde as pessoas não têm compromisso com o coletivo, isso leva à situação de egoísmo em que estamos, chegamos a eleger uma nulidade como presidente da República.
Fale um pouco sobre você, o que você gosta de fazer fora do trabalho?
Faço muitas atividades voluntárias. Eu estudei praticamente a vida inteira em instituições públicas e desde que me formei tive o compromisso de retornar à sociedade o investimento que ela fez em mim. Minha educação foi bancada pela sociedade. Esse trabalho com a ABES já é uma parte desse retorno.
Eu também ajudo a manter uma creche em Samambaia, que atende a crianças de famílias desestruturadas da população de baixa renda e faço outras atividades de forma mais pontual, como levar os princípios filosóficos morais e científicos da doutrina do movimento espírita, que eu abraço. Independentemente da linha filosófica ou religiosa que você tenha, seja você ateu ou espiritualista, você pode se engajar em instituições com o objetivo de ajudar a reduzir as desigualdades sociais.
Eu também gosto muito de esportes, apesar de não praticar, adoro praia, música e leitura, principalmente sobre psicologia transpessoal. Estou lendo o livro Em busca da verdade, que faz uma reflexão sobre a nossa busca essencial pela harmonização, em meio às contradições que carregamos internamente. É um livro do espírito de Joana de Angelis, psicografado por Divaldo Franco. Também indico o filme O poço, muito rico para reflexões.
Qual tema você gostaria de ver mais discutido pela ABES/DF?
A universalização do saneamento. Precisamos construir novos modelos porque com o atual nós não vamos universalizar em hipótese nenhuma. Não consigo conceber um sistema de saneamento que não tenha subsídios, tarifas sociais para as populações de baixa renda não atendidas.